aMenas coisas

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

As quatro estações


O metrô de São Paulo tem cinco linhas e 55 estações. O do Rio, menos extenso, mas com muito mais glamour, tem 33. O de BH, mais modesto, mas super em conta, tem 19 estações e bilhetes a R$ 1,80. Mas o de Salvador – ah, o de Salvador… Bem, ainda não se sabe se os assentos vão ser em couro com design de Davi Bastos, se a passagem vai custar R$2,95 ou R$4,00 e, principalmente, se as obras vão ser concluídas no novo prazo estipulado - julho de 2010. O que o povo já descobriu é que esperou dez anos por… um disco de Sandy e Júnior. É, amigos. O metrôzinho de Salvador vai ter uma linha de 6,5km de extensão e quatro estações. Quatro. Lapa, Campo da Pólvora, Brotas e Acesso Norte (Rótula do Abacaxi). Se o freguês precisar ir até o Retiro, vai ter que se retirar do veículo e pegar um buzú até o destino final. O mais gostoso é saber que, pelo projeto inicial aprovado em 1999, com a verba prevista de R$ 325 milhões, este freguês deveria estar chegando em Pirajá de metrô desde 2003. Mais de 70% desse valor já foi gasto. E o tempo? Vou poupar-nos dessas discussões pequenas. Aliás, não vou não. Não consigo deixar de contar que, em uma entrevista em 2006, o então Secretário Municipal dos Transportes (e pai de um colega meu), tio Nestor Duarte, me garantiu que o metrô seria entregue em 2007, lastimando muito o atraso. Bonito para a sua cara, tio. Mas a culpa não é sua não. Nem da Metrosal, consórcio que venceu a licitação para dar vida ao metrô de Salvador. Muito menos da Companhia de Transportes da cidade. A culpa é mesmo de Sandy e Júnior, que, em uma atitude impensada, batizou o disco lançado em 1999 de “As Quatro Estações” e me permitiu fazer essa piadinha sórdida.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Caso do Vestido


"Voltamos à idade da pedra", pensaram as pessoas que pensam, solidárias diante da notícia da expulsão de Geisy Arruda da Uniban. Acompanhemos agora o que pensa a mais nova vedete do Casseta & Planeta e futuro destaque da escola de samba paulista Leandro de Itaquera. A entrevista foi publicada no site EGO.

Geisy sobre a fama: 'Ontem eu estava cortando frios. Agora estou me achando'

EGO: Como seus vizinhos em Diadema reagiram a toda essa confusão?
Já falaram que fui chamada para fazer reality show, que eu ia cantar funk no Rio, que eu fui para os Estados Unidos... O povo acha que a gente está cheio do dinheiro. Tenho medo de ser sequestrada, de alguém fazer mal pra minha família. Aqui é barra pesada. Duro é que para me mudar de Diadema preciso levar todo mundo. Não quero deixar ninguém aqui.

Mas você conseguiu ganhar algum dinheiro depois dessa fama repentina?
Até agora não. Ganhei algumas roupas depois de dar uma entrevista. Também me chamaram para fazer presença em uma festa, mas eu teria que ir com o vestido rosa. Acredita que povo não deixa eu lavar o vestido? Já usei mais de 10 vezes depois da confusão. Quero colocar num quadro. Só não quero ficar marcada por ele, até porque eu tenho outras roupas. Quero me desligar do vestido e disso tudo o que aconteceu comigo.

Você acha que sua fase celebridade vai durar?
Se eu ficar marcada por isso, não. Quero fazer outras coisas. Tenho vontade de ser atriz, mas não tenho dinheiro para fazer curso nenhum. Se alguém me oferecesse, eu aceitaria.

Como foi gravar com o pessoal do Casseta? Ficou nervosa?
Não tive vergonha nenhuma das câmeras, decorei o texto e pronto. Parece que nasci para isso. Nunca tive vergonha de falar em público, falo até demais. Na escola sempre era chamada para falar.

E o Projac, gostou de conhecer?
Amei. Fiquei torcendo para ver aqueles homens lindos, mas não tinha muita gente. Encontrei as meninas do Vídeo Show e elas quiseram tirar foto. Imagina, aquelas meninas lindas e maravilhosas, querendo tirar foto comigo!

Afinal de contas, você foi convidada para posar nua ou não?
Não. Um picareta me ligou dizendo que era diretor da “Playboy”. Tinha nome chique e voz autoritária, me prometeu meio milhão. Quando meu advogado ligou pra revista para confirmar a história, descobriu que o mesmo cara tinha ligado lá fingindo que era meu agente.

Mas se rolasse o convite, você aceitaria?
Não queria posar nua, mas não vou dizer que nunca farei, pois a gente não sabe o dia de amanhã. Eu preferia ser garota-propaganda de uma marca de lingerie. Ouvi boatos de que iriam me convidar, mas meu advogado disse que não. Aliás, falaram tanta coisa... Mas eu não estou sabendo de nada.

Você tem namorado?
Não. Começou a chover uns feinhos em cima de mim depois do babado na Uniban. Também apareceu um monte de falsa amiga mandando mensagem...

Você já alongou os cabelos. Faria mais alguma mudança no seu corpo?
Faria lipo na barriga, se tivesse dinheiro.

E esse bronzeado, é artificial?
Que nada. Esse bronze aqui é da Praia Grande. Boqueirão, de graça! Mas da última vez tive que ir pro riozinho em Itanhaém, porque o povo começou a tirar foto minha, fazer vídeo.

Você quer voltar a estudar Turismo na Uniban?
A Uniban até agora não se manifestou se vai responsabilizar pela minha segurança. Por isso acho que não vou voltar. Mas não quero deixar de estudar.

Na sua opinião, o que aconteceu na universidade teve algum lado bom?
Outro dia eu estava cortando frios no mercadinho. Agora estou aqui, me achando, no maior “chiquê” (risos). É o lado bom de tudo isso. Conheci pessoas e lugares que nunca imaginei. Mas quero esquecer aquele dia, foi horrível. Um monte de caras em cima de mim, como se nunca tivessem visto mulher. Parecia um presídio.

E você a Rita Cadillac?
É, mas pelo menos no Carandiru a Rita Cadillac era bem tratada, o povo respeitava ela. Eu fui humilhada.