aMenas coisas

domingo, 16 de novembro de 2008

O Garoto do Fantástico


Barack Obama, família - e seu bronzeado mantido nas praias de Malibu para fazer jus ao elogio de Berlusconi - estamparam as capas das principais revistas norte-americanas pós-eleições. Sobrou reciclagem de pauta. Na edição da revista Time, considerada comemorativa, Obama foi retratado como a mudança que chegou à América. As revistas de fofoca, claro, se esforçaram para dar os detalhes sórdidos da vida privada do futuro presidente - o pai dedicado, o marido exemplar, o filho modelo, o aluno destaque, o bom pastor, enfim... E até a revista masculina de fitness e comportamento Men's Health aproveitou a bocada e publicou um Obama "sarado" na capa, dando lições de equilíbrio, amor e liderança no recheio. É, o casal "Brangelina" perdeu o posto. Hoje, quem faz a alegria do jornaleiro norte-americano é, sem dúvida, Barack Obama.

domingo, 9 de novembro de 2008

Tchubaruba


"A dor de dentes que perpassa esta história deu uma fisgada funda em plena boca nossa."

Clarice Lispector ficaria orgulhosa da pupila de apenas 16 anos que escreve como uma assídua leitora do drama de Macabéia. Agora é ela a estrela. OK. Mérito para tanto Mallu Magalhães tem de sobra. A cantora, compositora e multiinstrumentista já tem um CD e DVD gravados com a idade em que eu ainda ia para shows do Cheiro de Amor no Clube Quatro Rodas. E a menina aparenta ser simpática. Assisti entrevistas com ela no Programa do Jô e no Altas Horas. Bem legal ver uma garota que ganhou fama instantânea se expressando tão espontaneamente. Em ambas as ocasiões, ela ganhou os apresentadores e a platéia com uma simplicidade cativante. Confiram os vídeos.

Programa do Jô


Altas Horas


Confiram agora a versão Mallu intelectualizada e sem cortes em recente entrevista concedida por e-mail à revista Época São Paulo. Está transcrita no post a seguir. Faconianos ficariam com inveja da poesia que perpassa em pleno texto dela.

Menina prodígio


Mallu Magalhães, anônima até um ano e meio atrás, é uma das atrações principais do festival Planeta Terra


Acontece neste sábado, 8, na Villa dos Galpões, o festival Planeta Terra. No palco principal, além de grandes bandas internacionais como o Bloc Party (leia entrevista aqui), Offspring e The Jesus and Mary Chain, a tímida Mallu Magalhães, de apenas 16 anos, abre o festival e assume de vez posto de revelação da música brasileira.

Época São Paulo - Como foi a parceria com o Marcelo Camelo?
Mallu Magalhães - Acho que os corações naturalmente se unem através d'alguma atração... No nosso caso foi a música.

ESP - Porque você não apresentou com ele no Tim Festival?
MM – Porque já vou fazer o Planeta Terra Festival.

ESP - Como foi participar do VMB (Vídeo Music Awards, evento da MTV Brasil)?
MM - Foi ótimo, encontrar todo o pessoal e ter todo esse reconhecimento é muito bom. Como profissional e artista.

ESP - E o projeto que você tem com o Trio (Mallu tem um projeto com mais um músico e Hélio Flanders, da banda Vanguart, com quem namora)?

MM - … we let the wind blow... (em tradução livre: nós deixamos o vento nos levar)

ESP - Agora que você já tem sucesso e já descobriu como ganhar dinheiro, como fica a escola?

MM - Como vivência social ... Mas está bem difícil.. Poderia até atribuir um caráter pungente. Mas é necessário.

ESP - Você sente que muita gente se aproximou de você por interesse, na escola?

MM - Não.

ESP - Como foi ficar famosa de repente?

MM- Enriquecedor de cabeça minha.

ESP - Como você tem lidado com o sucesso, lidar com a falta de tempo?

MM- Acho que resisto bem. Tenho minha estrutura familiar, e vejo as proibições e limites como proteção. O tempo nunca será suficiente. A calma é então, a minha maior companheira.

ESP - O que você faz no seu tempo livre?

MM - Gosto muito de escrever... Pintar.. Costurar... Tocar.. Ler... Deitar na grama e sonhar é bom também. De vez em quando tenho sorte da chuva cair libertando o corpo.

ESP - Você ficou feliz com o resultado final do seu CD?
MM - Eu gostei muito. Que alegria! Fiquei super contente. É um reflexo do pulso que corre meu sangue. Vi neste disco um começo. De um mundo que pretendo desenvolver.