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sexta-feira, 17 de julho de 2009

As inocentes de Copa


Caí de Salvador direto em Jacarepaguá. Uma hora e meia e dois buzús até a Zona Sul do Rio de Janeiro, para os não iniciados. Imaginem então a minha alegria quando, um mês depois, me mudei para um lindo conjugado (leia-se quarto, cozinha e cheiro de frango grelhado juntos) recém-reformado na Nossa Senhora de Copacabana. Estava bem servida: cinema, barzinhos legais, bancas de revista, Lojas Americanas, supermercados, farmácias, padaria – tudo a no máximo duas quadras do meu ap. A dona de casa feliz.

O conto de fadas acabou quando fui à praia com minha mãe e minha irmã e as putas e travestis saltaram mais aos olhos do que os vendedores de Mate Leão. “Vamos rachar um ap na Conchinchina, André?” foi minha primeira providência. Seguida de um “Claro que topo aproveitar essa mega bocada e morar em Ipanema na quadra da praia por 600 reais por mês, André”. Que dia bom. E o início de uma obsessão louca pelos classificados do Globo. André me deu aquele perdido. Já tinha botado na cabeça que queria sair de Copa a qualquer preço (que estivesse entre 1000 e 1100 reais). Foi quando descobri que os aps mobiliados do Flamengo, Botafogo e Laranjeiras (onde os meus pezinhos 34 podem pisar por ora) passam disso com folga. E, de repente, Copa ficou super interessante novamente. Que orla linda, hein?

Vou dizer ao proprietário do meu conjugadão que fico. Se o Brasil se acostumou com tanto filho da puta no congresso, eu hei de me acostumar com as putas de Copacabana.

1 Comentários:

Às 15 de setembro de 2009 às 14:47 , Anonymous Anônimo disse...

Me chamo Fábio e moro em Salvador. Seu talento e sua beleza fazem muita falta no jornalismo de Salvador. Gosto muito do Band Cidade e o jornal que já era bom e continua idem ficava ainda melhor com sua bela presença. Para mim, você está perdoada por ter trocado Salvador pela Cidade Maravilhosa. Não possuo blog nem twitter, apenas e-mail.

 

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