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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Querido governador do Rio de Janeiro

E queridos administradores do Metrô Rio. Gostaria de discutir umas questões matemáticas com vocês. Tomemos um trabalhador que ganhe um salário mínimo (R$465,00) por mês, não tenha a carteira assinada e dependa do metrô (R$ 2,80 por viagem) para ir e voltar do trabalho. Vamos batizá-lo de Paulo. Pois bem. Suponhamos que Paulo trabalhe de segunda a sábado e, portanto, gaste, em média, R$ 140,00 mensais com transporte. E que ele more no morro da Babilônia e pague só R$120,00 de aluguel. Sobram R$205,00 para Paulo gastar no resto do mês. Leia-se R$6,80 por dia (para ele fazer as três refeições). Sorte que Paulo ainda não tem família para sustentar, hein? E pena que, se Paulo comprar um bilhete de metrô com antecedência para ir à praia no domingo e ficar doente, na segunda, vai descobrir que o cartão não vale mais. Aliás, vale bem menos - apenas R$1,00 na compra de um novo. Ou seja, neste dia, Paulo vai ter que sobreviver com R$5,00. Um McChicken - sem batata frita.

Nota da editora


Paulos, Pedros, Marias, Sílvias e Natálias Boeres, pessoas que trabalham muito por seus salários, agradeceriam se o cartão magnético do metrô do Rio de Janeiro não fosse perecível como iogurte fora da geladeira.

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