aMenas coisas

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Portas arrombadas


A pauta era ótima, merecia uma repercussão no aMenas Coisas, mas eu, editora relapsa, perdi o timing. Acabei não comentando aqui a atitude de macho de Ricky Martin ao assumir a homossexualidade recentemente. Eis que o Fantástico reciclou a pauta para mim. Meu muito obrigada a Renata Ceribelli e editores, que resolveram tirar o cantor baiano Netinho do armário também e esqueceram de contar a ele. Confiram a matéria exibida no programa do último no domingo e, logo abaixo, a nota de esclarecimento que o cantor postou em seu blog pessoal.

Após Ricky Martin, Netinho assume também que é gay
O cantor brasileiro resolveu abrir o jogo sobre sua sexualidade



Fala, Netinho!
“Só pude ver a matéria de ontem do Fantástico de madrugada pois após o show levei ainda um bom tempo para chegar no hotel e conseguir me conectar à internet.
Lamentável a pobre edição que fizeram da entrevista que dei a Renata Ceribelli.
O programa desperdiçou uma bela oportunidade de aprofundar o assunto sem ser tão superficial como foi diante de tanta coisa bacana que eu falei.
Vivi uma experiência de relação com uma pessoa do mesmo sexo, relação essa que teve a mesma base de sustentação de qualquer outra relação: a paixão, o amor, o companheirismo e tudo o que de positivo você conseguir imaginar que pode acontecer entre duas pessoas. O fato de ter tido junto a mim uma pessoa do mesmo sexo não me modificou em nada como homem, como pai, como filho, como irmão e como amigo. Ao contrário, apenas me acrescentou. Me mostrou que o amor tem uma dimensão muito maior do que a que eu imaginava. Me mostrou que o amor está acima de cor, raça, idade, condição financeira, sexo, de tudo!
Meu jeito de falar, de andar, de vestir, de pentear… nada disso foi alterado. Eu continuei a ser a mesma pessoa, prezando a minha masculinidade, gostando de fazer as mesmas coisas, tendo a mesma relação com o espelho, com o meu eu interior e com os outros.
Nunca falei em lugar algum que sou “gay” pois não gosto da conotação que esta palavra tem aqui no Brasil. E não gosto de me rotular. Em nada. Não sinto que tenho que me situar numa categoria. Hoje o meu amor, o meu desejo podem estar direcionados a uma pessoa do sexo oposto e amanhã a uma do mesmo sexo. Isso pra mim não importa desde que estas relações sejam sempre motivadas pelo amor”

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